domingo, 21 de abril de 2013

Que alegria ver um filho formado! Ou não...

Uma brincadeira da oradora da turma na festa solene de formatura da Faculdade de Cinema da PUC-Rio fez com que o juramento profissional fosse invalidado e, com isso, a cúpula da universidade concluiu que não se poderia considerar que os alunos tivessem realmente colado grau.

Correta a decisão da PUC-Rio. Responsabilidade é uma palavra que tem que ser aprendida e praticada desde cedo.

E a aluna engraçadinha ainda reclamou. Talvez ela ache normal se um dia o patrão ou cliente dela disser: aqui está o seu salário ou remuneração pelo seu trabalho. Ou não...

http://oglobo.globo.com/educacao/juramento-inusitado-suspende-formatura-na-puc-8159113


Juramento inusitado suspende formatura na PUC

  • Estudante inclui de brincadeira o termo ‘ou não’ no final de cada promessa e acaba atrasando em meses a colação de grau
  • Uma das formandas, aprovada em processo seletivo para Rede Globo, não conseguiu comprovar colação de grau a tempo
LEONARDO VIEIRA(EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)
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Formandos de Cinema são pegos de surpresa com juramento inusitado de uma aluna
Foto: Arquivo Pessoal
Formandos de Cinema são pegos de surpresa com juramento inusitado de uma alunaArquivo Pessoal
RIO - Duas únicas palavras foram o suficiente para atrasar a formatura de uma turma inteira da faculdade de Cinema na PUC-Rio. Na cerimônia de juramento dos formandos, em janeiro deste ano, a aluna responsável por ler o texto resolveu fazer um "adendo": a cada tópico lido, ela incluía a expressão "ou não" no final da frase, o que revertia totalmente o sentido da cerimônia.
"Prometo exercer minha profissão/ com espírito de quem se entrega / a uma verdadeira missão de serviço / tendo sempre em vista o bem comum; ou não
Dedicar-me a conhecer e avaliar / a realidade social / e aprofundar meus conhecimentos / a fim de satisfazer as necessidades da sociedade; ou não
Aplicar-me à busca da verdade / à realização da justiça / e à defesa dos direitos fundamentais do homem, ou não"
Sem serem avisados da brincadeira, os outros estudantes riram e acabaram repetindo as palavras da aluna. Conclusão: a turma de 30 formandos de Cinema do período 2012.2 não fez o juramento, e por isso, a colação de grau foi atrasada em meses.
Quem estava presidindo a cerimônia era o diretor do Departamento de Comunicação Social, professor César Romero. Segundo ele, seria possível intervir no juramento assim que a aluna descumprisse pela primeira vez a leitura do texto, que é padrão para todas as formaturas na PUC-Rio.
Romero preferiu não interromper o ato, mas logo após o evento, mandou um vídeo do juramento à reitoria da universidade, a fim de que se decidisse o que fazer com a situação inusitada. No final das contas, foi decidido que o juramento seria anulado, e duas novas cerimônias alternativas seriam marcadas, uma em março e outra em abril.
— Eu poderia intervir, sim, mas achei que não deveria. Afinal, os pais estavam felizes com a formatura dos seus filhos. Fiz isso primeiramente em respeito aos pais — explica Romero.
Com a decisão, os formandos tiveram de assinar a ata de colação de grau meses depois dos outros alunos que se formaram em Comunicação Social. A aluna Maria Eduarda Barreiro, por exemplo, tinha sido aprovada num processo seletivo, e deveria ter entregado algum documento que comprovasse a colação de grau até a última terça-feira (16).
No entanto, Maria Eduarda só pode assinar o papel nesta quinta-feira (18). E mesmo assim, ela terá que esperar até sexta-feira (19) para poder pegar o documento comprovando que a aluna colou grau. Para não perder a vaga na empresa, Maria Eduarda chegou a se comprometer a entregar o documento até esta sexta-feira (19) em Curicica, sede do Projac, no mesmo dia em que o papel será liberado pela PUC.
— Numa universidade particular, com quase 2 mil reais de mensalidade, esse tipo de serviço é um absurdo. Poderia haver uma intervenção na hora da brincadeira ou pelo menos que o juramento não fosse anulado — reclama a formanda.
Para César Romero, mesmo com os transtornos, o fato serve de exemplo para que novos formandos levem a sério a cerimônia.
— Imagina a presidente Dilma Rousseff dizendo no dia da posse 'prometo defender os Direitos Humanos, ou não'... A universidade não está disposta a compactuar com esse tipo de brincadeira — disse Romero.


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