sábado, 8 de outubro de 2011

Cabresto em Eliana Calmon

Continua a saga corporativista de alguns juizes que querem tentar exterminar ou limitar os poderes da Corregedoria do CNJ - Conselho Nacional de Justiça.

Quem diria, estão com medo de uma mulher: Eliana Calmon.

Na mais nova investida, os gênios querem agora que uma simples sindicância (mero procedimento de averiguação preliminar de condutas) deva ser autorizada pelo Plenário do CNJ. Para quem não é da área jurídica, informo que a sindicância destina-se a averiguar apenas se a reclamação disciplinar tem indícios de veracidade. Em se confirmando esses indícios, aí sim será aberto um processo disciplinar para uma investigação mais detalhada, na qual o averiguado terá todas as chances do mundo de produzir provas e se defender da acusação.

Pois é. Querem boicotar até essa averiguação preliminar contra juizes.

Nunca vi uma proposta tão déspota e absurda, chega a ser infantil. O que pretendem os seus adeptos e defensores? Melhor extinguir a Corregedoria de uma vez, já que a intenção parece ser  transformá-la em órgão meramente decorativo. Como uma samambaia plantada no plenário do CNJ, inativa e sem voz.

Seguem, abaixo, matéria do O Estado de São Paulo e uma entrevista da titular do blog dada ao jornalista Ricardo Galhardo, da TV IG, sobre o CNJ.

Declaro aqui meu humilde, mas firme e inabalável, apoio à Ministra Eliana Calmon, atual titular da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça. À sociedade, não interessa uma Corregedoria fraca.




http://tvig.ig.com.br/noticias/politica/entrevista+com+janice+ascari++procuradora+geral+da+republica-8a4980263195f6850132d54d3e395943.html


Juízes do CNJ articulam cabresto em Calmon

08 de outubro de 2011 | 8h 32
AE - Agência Estado

Os magistrados que dominam hoje o Conselho Nacional de Justiça articulam uma proposta para colocar um cabresto na corregedora Nacional de Justiça, Eliana Calmon. Com o discurso de que pretende preservar os poderes do CNJ, o conselheiro Sílvio Rocha, juiz federal de São Paulo, quer que todas as investigações, antes de serem abertas, sejam submetidas ao plenário do Conselho. Composto em sua maioria por magistrados, o plenário diria o que pode ou não ser investigado.

A proposta, encaminhada em sigilo aos conselheiros e obtida pelo Grupo Estado, é ainda mais restritiva do que a ideia inicial desse grupo e que gerou a crise interna do Conselho, com a divulgação de uma nota de repúdio às declarações de Eliana Calmon sobre a existência de "bandidos de toga" no Judiciário brasileiro. Os conselheiros ligados à magistratura defendiam que a Corregedoria Nacional apenas atuasse depois de concluídas as investigações nas corregedorias dos tribunais de justiça, que até hoje não funcionam a contento, conforme relatórios de inspeção do próprio Conselho.

O novo texto deixaria a Corregedoria Nacional nas mãos do plenário do CNJ e de seus interesses corporativos. Antes de abrir uma investigação, a Corregedoria teria de submeter à abertura de sindicância aos colegas. Se não concordassem com a investigação, mesmo que preliminar, poderiam simplesmente arquivá-la. Enterrariam a apuração das irregularidades já no nascedouro.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,juizes-do-cnj-articulam-cabresto-em-calmon,782842,0.htm

2 comentários:

  1. Parabéns pela entrevista e divulgação deste artigo: grande clareza e cristalinamente didáticos. Coloca pontos nos i`s no “assombro” do ministro Peluso diante das declarações da Corregedora Nacional de Justiça Eliana Calmon. Tristes lembranças das perseguições sofridas pelo Juíz De Sanctis.

    ResponderExcluir
  2. Quero ajudar a Min. Eliana Calmon!
    Cristo para passar seus ensinamentos utilizava-se de parábolas, que são estorinhas contendo o exemplo que ele queria dar. Se ela usar minha HISTÓRIA como parábola, não deixará nenhuma dúvida doque quer dizer com “bandidos de toga”. Eu estou sendo vítima de uma quadrilha do judiciário de São Paulo. O Dr. Waldomiro Milanesi, que já fez trabalhos junto a corregedoria, já descobriu que há um senador de São Paulo que recebeu propina para que eu fosse demitido da Fedex, empresa da qual foi demitido por ter feito meu trabalho corretamente e previsto acidentes aéreos que aconteceram no país, um desembargador de São Paulo e uma juíza de Campinas que acobertaram tudo, sem contar os advogados é claro.
    Eu pesso do fundo do coração que visitem meu blog: http://www.oberdanbarbosa.wordpress.com trata-se de um dossiê eletrônico com os fatos, comunicação com tos os orgãos possíveis e imagináveis, nomes e muito mais. Eu pesso que ajudem a limpar meu nome antes de meus pais partirem.
    Cordialmente
    Oberdan

    ResponderExcluir